
Produção recorde de soja no Brasil, desafios na segunda safra de milho e potencial do algodão definem o cenário do agronegócio na América do Sul em 2025.
Introdução
A safra sul-americana de grãos está prestes a entrar em um período decisivo. Enquanto o Brasil se prepara para uma safra recorde de soja, outros segmentos, como milho e algodão, estão sob risco devio a atrasos no ritmo de plantio da segunda safra. Além disso, a Argentina, que também é um importante player no mercado de grãos, tem enfrentado desafios, com um clima afetando o bom desenvolvimento das lavouras. Este artigo analisa, de forma detalhada, as expectativas para cada uma dessas culturas, destacando os fatores que podem influenciar o desempenho do agronegócio na região.
+ Receba informações atualizadas sobre os mercados de soja e milho no momento que você mais precisaSoja: A Protagonista da Safra Brasileira
No cenário agrícola, a soja tem sido o principal destaque. Em fevereiro, a StoneX estimou a produção brasileira em 170,9 milhões de toneladas. Mesmo com atrasos iniciais provocados por condições climáticas mais secas no centro-oeste entre setembro e outubro, as lavouras se beneficiaram de um período de clima favorável durante seu desenvolvimento. Esse fator, aliado à ampliação da área plantada, coloca o Brasil na rota para alcançar uma safra histórica em 2025.
Contudo, a trajetória não foi isenta de desafios. As regiões sulistas, especialmente no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, registraram impactos negativos nos rendimentos devido a condições adversas em momentos críticos. Além disso, a Argentina, que vinha se preparando para uma produção robusta, deverá enfrentar uma colheita abaixo das expectativas. Apesar disso, o desempenho excepcional da soja brasileira promete sustentar um balanço positivo no primeiro semestre do ano.
Milho: Enfrentando os Desafios da Segunda Safra
Diferente da soja, o milho é cultivado predominantemente na segunda safra, plantado logo após a colheita da soja. No entanto, o clima tem sido um fator decisivo. As chuvas intensas no centro-oeste, especialmente em Mato Grosso e Goiás, atrasaram o início das atividades de plantio. Essa demora coloca o milho em risco, pois a semeadura fora da janela ideal pode empurrar o desenvolvimento dos milharais para uma estação menos propícia, o que pode trazer efeitos para a produtividade.
A situação na Argentina é similar, com a produção de milho sofrendo tanto pela redução da área semeada, devido a temores com pragas, quanto pelas condições climáticas desfavoráveis durante o desenvolvimento da safra. Dessa forma, o balanço do milho na América do Sul tende a ser mais restrito se comparado ao cenário promissor da soja.
Algodão: Expansão de Área e o Desafio da Produtividade
No caso do algodão, a maior parte do cultivo no Brasil ocorre na segunda safra, e os atrasos na colheita da soja têm repercutido no plantio dessa cultura. Apesar dos riscos associados à produtividade, a expansão da área plantada abre a possibilidade de o país alcançar um volume recorde. A StoneX estima que a produção de pluma possa chegar a 3,79 milhões de toneladas, o que colocaria o Brasil na posição de maior exportador mundial de algodão. As exportações estão projetadas em cerca de 2,8 milhões de toneladas para 2025, consolidando o país no topo do ranking global, superando os Estados Unidos novamente
Quer tomar decisões mais inteligentes no campo?
Use seus pontos para acessar os Relatórios de Mercado de Grãos da StoneX na Orbia, que trazem informações precisas e atualizadas para o seu dia a dia.