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As tarifas impostas pelo governo Trump a diversos produtos intensificaram a guerra comercial entre EUA e China, afetando diretamente mercados como soja e milho. Esse cenário pode beneficiar o Brasil, que já é um grande exportador dessas commodities.

Soja: Impacto das Tarifas e Retaliações Chinesas

A China impôs uma tarifa de 10% sobre a soja dos EUA, menor que os 25% aplicados no primeiro mandato de Trump, mas ainda assim prejudicando a competitividade americana. Com isso, a demanda pela soja brasileira tende a crescer, reforçando a posição do Brasil como principal fornecedor.

O Brasil já exporta mais de 100 milhões de toneladas de soja em anos de safra favorável, como deve ocorrer em 2024/25.

No entanto, a China tem reduzido sua dependência da soja americana nos últimos anos e vem ajustando a composição proteica das rações animais, o que pode afetar a demanda por farelo de soja.

Reorganização dos Fluxos de Comércio

Se a China aumentar as compras de soja brasileira, outros países podem redirecionar sua demanda para os EUA, equilibrando o comércio global. Entre 2018-2019, houve uma queda da demanda global por soja, devido ao surto de Peste Suína Africana que reduziu drasticamente a necessidade chinesa por soja. Atualmente, não se espera uma queda do consumo mundial de soja.

Milho: Riscos de Retaliação e o Papel do México

Para o milho, o maior risco está no México, o principal comprador do grão dos EUA. Apesar da ameaça de tarifas de 25% sobre produtos mexicanos, a medida foi adiada, evitando impactos imediatos no mercado.

Já a China tem comprado pouco milho dos EUA, e eventuais tarifas sobre o cereal americano devem ter efeitos mais limitados.

Volatilidade e Oportunidades no Mercado de Grãos

As disputas comerciais trazem incertezas e volatilidade aos preços de soja e milho, exigindo atenção dos produtores e do setor agro. A realocação dos fluxos comerciais pode gerar oportunidades para exportadores brasileiros, mas o cenário requer planejamento estratégico.

Acompanhar de perto essas mudanças é essencial para mitigar riscos e aproveitar oportunidades no agronegócio global.

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